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Lembranças/Recuerdos...
02 e 03 de dezembro de 2016
III Seminário Línguas e Identidades Surdas da Fronteira
   III Seminario Lenguas e Identidades Sordas en la Frontera
Resumo das exposições 
02 e 03 de dezembro de 2016
III Seminário Línguas e Identidades Surdas da Fronteira

Palestra: Relato de acontecimento em Brasilia sobre a defesa de escola bilíngue para surdos: uma historia de lutas do movimento surdo brasileiro, Prof. Cristiano Vaz (UFRGS) 

Mesa de discussões:

  • Tema: Identidade Surda e a língua de sinais

  • Convidados da mesa:

 

   

                       

 

                           

                             Márcia Lazzarin (UFSM)

Título:  A EDUCAÇÃO DE SURDOS NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO: IDENTIDADES, CULTURAS E LÍNGUAS DE SINAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BILÍNGUE

A discussão da educação de surdos no cenário contemporâneo requer olharmos com mais atenção para as formas com os sujeitos surdos estão sendo constituídos no contexto das politicas publicas e das reivindicações dos movimentos surdos acerca da necessidade de localizarmos essa discussão em termos de relações culturais e linguísticas. Nesse sentido é preciso situar a comunidade surda em uma luta política e social compreendida como produtora de culturas e identidades próprias. Para isso, a cultura surda é significada cotidianamente de forma a produzir identidades em sujeitos que experiênciam o mundo visualmente por meio da língua de sinais. Essa língua  é propulsora da constituição cultural surda assim como os artefatos que são legitimados pelos discursos que circulam fora e dentro das comunidades surdas. As invenções dessa cultura e de seus artefatos levam a outros formatos representativos dados à educação de surdos. Diante disso, os espaços específicos para a educação de surdos, como por exemplo as escolas de surdos,  assumem papel fundamental. Isto é, há a necessidade de uma formação cultural dentro dos contextos escolares, sendo que tal desenvolvimento tem como suporte a comunicação e interação entre as crianças surdas, repercutindo no seu potencial cognitivo.

Biodata:

Licenciada em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria (1993), Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998) e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). Professora Associada do Departamento de Educação Especial, do Centro de Educação, da Universidade Federal de Santa Maria. Atualmente é professora credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação, na Linha de pesquisa: Educação Especial. Vice-líder do Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Educação de Surdos-GIPES e líder do Grupo de Pesquisa Diferença, Educação e Cultura/DEC. Desenvolve pesquisa na área de Educação, com ênfase na Educação de Surdos e Educação Especial, nos seguintes temas: currículo, políticas de inclusão/exclusão, filosofia da diferença. 

 

 

                              Cristiano Vaz (UFRGS)

Título: Educação de surdos na fronteira em Santana do Livramento e Rivera

Apresento reflexões iniciais sobre a temática da educação de surdos na fronteira, especificamente entre Brasil e Uruguai, nas cidades de Santana do Livramento e Rivera, aonde estão localizadas duas escolas, uma no Brasil e outro no Uruguai, onde os surdos fronteiriços são matriculados. A educação nesta região de fronteira tem normativas diferenciadas, sendo possível neste contexto a escolha por uma escola ou por uma língua de sinais de um país que não seja da nacionalidade dos alunos. Quando as famílias buscam por escolarização de seus filhos surdos na fronteira, se deparam com uma escolha entre estas duas escolas, pois duas línguas de sinais são compartilhadas, neste caso, a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Uruguaia de Sinais, assim como o português e o espanhol para os ouvintes. Desta forma, refletindo o questionamento sobre quais representações são trazidas pelos alunos surdos que vivem na fronteira Brasil e Uruguai, no seu processo de escolarização, nas cidades de Santana do Livramento e Rivera, especificidade da “experiência visual” ou “língua de sinais”, compartilhada entre os sujeitos surdos, como um dos aspectos que produz sentidos e que, talvez, possa influenciar nas escolhas das escolas que os surdos frequentam, na fronteira.

Palavras- chave: educação; língua; experiencia; fronteira.

Biodata:

Mestrando em Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui graduação em Letras ? Libras, pela Universidade Federal de Santa Catarina (2010) e e pós-graduação em Libras, pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci em Santa Catarina - UNIASSELVI (2015). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Letras/LIBRAS. Certificado pelo Exame Nacional de Proficiência (PROLIBRAS) no Uso e no Ensino da LIBRAS- Nível Médio e Nível Superior. Foi monitor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, na área de sociolinguística. Atua como professor convidado na instituição UNILASALLE em Canoas/RS desde 2010, nos seguintes cursos: preparação para tradutor/intérprete de Língua Brasileira de Sinais, preparação para instrutor de Língua Brasileira de Sinais, capacitação para Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Libras módulos I e II; participação em banca de avaliação para candidatos ao curso de tradutor/intérprete; atua também como professor convidado na instituição UNISINOS, em São Leopoldo/RS e já lecionou na instituição Cesuca, em Cachoeirinha/RS. Atuou como professor de Libras da Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA - Campus Sant´Ana do Livramento. Atualmente é professor de Libras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS - Campus Litoral Norte.             

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                                       Mariana Figueira (UNIPAMPA)

​​Título:  LIBRALSU: terceiro espaço

​Apresento uma reflexão sobre as identidades surdas pensada dentro de uma perspectiva socioantropológica da surdez; o sujeito surdo como um sujeito culturalmente diferente, falante de uma língua de sinais.

Trago para a discussão a experiência vivida em uma comunidade surda na fronteira entre o Brasil e o Uruguai, nas “cidades-gêmeas”, Santana do Livramento e Rivera, um contexto singular que tem implicações nas línguas de sinais na fronteira, já que os surdos brasileiros e uruguaios transitam entre as escolas dos dois países, em um trânsito na fronteira em uma busca por uma instituição de ensino que pense a experiência visual do surdo.

Falo de uma comunidade surda que compartilha nesta fronteira as línguas de sinais, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a Lengua de Senãs Uruguaia (LSU), e “algo” que emerge deste encontro, como um terceiro espaço de comunicação que vem sendo nomeado e traduzido como LIBRAÑOL ou LIBRALSU; uma língua que produz outras e novas formas de ser e estar no mundo no compartilhar dos significados, sendo as instituições de ensino na fronteira pontos de referência como instituições de nuclemaneto para esta Comunidade Surda da Fronteira.

Palavras – chave: Língua de Sinais, Fronteira, Identidade, Terceiro Espaço

Biodata:

Licenciada em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria (2009), Especialista em Neuropsicopedagogia e Especialista no Atendimento Educacional Especializado, Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de Santa Maria (2016). Atualmente atuo na Universidade Federal do Pampa, no Núcleo de Desenvolvimento Educacional (NuDE), como Interface do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade (NInA) e como Tradutora e Intérprete de Língua de Sinais. Tenho experiência na área de Educação (Magistério), e como professora de Educação Especial - Surdez. Atuo como Professora de LIBRAS na Escola de Educação Profissional Exattus (Santana do Livramento). Como pesquisadora pesquiso principalmente nos seguintes temas: cultura surda, fronteira, artefatos culturais, histórias de vida e relatos de surdos e comunidade surda.

 

 

 

 

 

 

 

 

                                   Leonardo Peluso (UdelaR)

Título: Identidades sordas, cuerpos, lenguaje y discapacidad

Los sordos son generalmente ubicados dentro de la inespecífica y estigmatizante categoría . Esta perspectiva tiende a colocar la discapacidad en el cuerpo:se trata de personas o una falta. Este es un movimiento conceptual que tiene por objetivo medicalizar al cuerpo, es decir, colocarlo en el lugar de la enfermedad y del objeto de las prácticas relacionadas con la o con la , cuando la cura no es posible.

 En esta presentación pretendo romper con esta concepción, cuestionando las relaciones que se establecen entre el cuerpo, la discapacidad, el lenguaje y las identidades sordas. En términos generales plantearé que la discapacidad no está en el cuerpo, sino que se desprende de las relaciones sociales que se expresan bajo la ideología de la normalidad.En relación a los sordos sostendré que éstos no son personas que no oyen sino hablantes de una lengua de señas. Hablantes que pertenecen a una comunidad lingüística que negocia significados y posiciones políticas con otras comunidades lingüísticas con las que convive.

Biodata:

Doctorado Doctorado en Letras Universidad Nacional de Córdoba , Argentina Título: La escritura y los sordos. Entre representar, registrar/grabar, describir y computar Tutor/es: Dra. Cecilia Defagó Sitio web de la Tesis: La tesis fue presentada en noviembre, 2014. En febrero 2015 se designa el tribunal y se propone la fecha de la defensa. Palabras clave: tecnologías de la lengua; textualidad diferida; escritura Areas del conocimiento: Humanidades / Lengua y Literatura / Lingüística / Sordos y escritura

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